O ano de 2025 marca uma virada histórica para o estilo Afro-Kuduro, que deixou de ser apenas uma opção complementar em eventos para se tornar o género dominante nas pistas de dança em Angola e também no exterior. Embora sempre tenha feito parte da identidade musical do país, foi neste ano que o Afro-Kuduro assumiu um protagonismo inédito, tornando-se essencial em qualquer evento — seja grande ou pequeno.
Antigamente, géneros como zouk, semba ou rap eram considerados a base de uma grande festa, enquanto o kuduro tradicional surgia como complemento. Hoje, essa realidade mudou. O Afro-Kuduro, com a sua fusão moderna, ritmada e mais global, é agora o ritmo que define o ambiente e garante a energia necessária para o sucesso de qualquer celebração.
Essa ascensão tem aumentado a pressão sobre artistas de outros estilos, muitos dos quais começam a perder relevância no mercado. Ainda assim, nomes como Gerilson Insrael, Anderson Mário, 3Finer e Chelsea Dinorath continuam a destacar-se com consistência e forte presença nos tops nacionais.
Apesar de o Afro-Kuduro ainda não liderar totalmente nas plataformas de streaming onde outros géneros ainda mantêm vantagem — é inegável que, no impacto dos eventos, no mercado angolano e na preferência do público, o Afro-Kuduro domina com folga. Além disso, está a ganhar cada vez mais visibilidade fora do país, sendo requisitado em eventos internacionais e ocupando espaços que antes eram reservados a outros géneros.