O mercado musical angolano vive um momento de renovação e expansão. Com a ascensão de plataformas digitais e o fortalecimento das redes sociais, artistas locais têm conquistado maior visibilidade dentro e fora do país. Gêneros como kuduro, kizomba, semba e trap angolano seguem em alta, enquanto novas fusões com afrobeat e R&B estão ganhando espaço nas playlists nacionais.
Nos últimos anos, nomes como Anna Joyce, Preto Show, Gerilson Insrael, CEF Tanzy ajudaram a projectar Angola no cenário lusófono e africano. Paralelamente, uma nova geração de artistas independentes está a surgir, aproveitando os recursos de gravação caseira, distribuição digital e marketing direto ao público via Instagram, TikTok e YouTube.
Apesar do crescimento, o setor ainda enfrenta desafios como falta de estruturas formais para shows, limitações na distribuição física, pirataria digital e ausência de políticas públicas voltadas à cultura musical. No entanto, iniciativas como festivais locais, parcerias com rádios comunitárias e estúdios independentes têm impulsionado a profissionalização do setor.
O mercado mostra-se promissor, com potencial para se consolidar como um dos principais polos culturais da África Austral — desde que haja investimento, formação e apoio institucional. O som angolano continua a evoluir, carregando tradição, identidade e inovação em cada batida.